terça-feira, 18 de dezembro de 2012

UMA CRUZ ESCONDIDA

Vincada na memória da humanidade
Submersa na história, no passado
Jorra uma podre superioridade
Que eu temo ter regressado...

Queima no corpo da humanidade
Uma cruz ardente, proibida
Usada outrora pelos Donos da vida
Não foi a Deus a quem foi feita a vontade

Homens Divinos e crueis de outrora
Lançais em vossos filhos agora
A mesma superioridade e crueldade?
Terão vossos genes essa cruz escondida?

Há uma cruz escondida que queima
Que ganha mais e mais brilho
Que trespassa mortais sem emprego
E sem comida para dar aos filhos

Há um fogo impiedoso que alastra e devasta
Os campos frageis e solheiros do sul
E nesta concentração, os humildes servos sem saida
Adivinham entre o fumo a bandeira escondida
Que ostenta a cruz do passado de novo erguida...

2 comentários:

Marco Bousende disse...

O poema ė inversamente bom à realidade que espelha...
Mais uma vez o rio aumenta o seu leito com aguas frescas e transparentes

Davi Machado disse...

Gostei das suas poesias, sugerem temas tão diversos. Felicitações!