
Passo a passo, devagar caminha
Mais depressa não poderia...
A dor nas "cruzes" que adivinha
Dava sinal que não tardaria
Seu casaco pingão de malha
Colado ao corpo, talha
Seus contornos curvados
De quem olha p´ró chão e prós lados...
...Já não olha para cima
Não tem idade para sonhar...
Perdido em pensamentos antigos
E sem pressa de chegar...
Teria tantas histórias p´ra contar...
Oh! Tivesse ele alguém para as ouvir...
O velho homem, foi lobo do mar
Quando seus passos eram de gazela...
Na altura que olhava para o céu
Ao manejar o barco à vela,
Nessa altura homem novo,
Ouvia as histórias do seu avô...
Hoje em dia ninguém ouve histórias
E o homem perdido nas suas memórias
Continua a caminhada só...
Fevereiro 2009
(imagem: Velho homem, de Leonardo Da Vinci)