terça-feira, 18 de dezembro de 2012

UMA CRUZ ESCONDIDA

Vincada na memória da humanidade
Submersa na história, no passado
Jorra uma podre superioridade
Que eu temo ter regressado...

Queima no corpo da humanidade
Uma cruz ardente, proibida
Usada outrora pelos Donos da vida
Não foi a Deus a quem foi feita a vontade

Homens Divinos e crueis de outrora
Lançais em vossos filhos agora
A mesma superioridade e crueldade?
Terão vossos genes essa cruz escondida?

Há uma cruz escondida que queima
Que ganha mais e mais brilho
Que trespassa mortais sem emprego
E sem comida para dar aos filhos

Há um fogo impiedoso que alastra e devasta
Os campos frageis e solheiros do sul
E nesta concentração, os humildes servos sem saida
Adivinham entre o fumo a bandeira escondida
Que ostenta a cruz do passado de novo erguida...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

TANTAS PESSOAS...


O dia de trabalho é já passado
Penso com calma agora um bocado
No que o corropio de lado p'ra lado
Não me permitiu antes pensar

As vezes que a velha porta se abriu
Tantas pessoas deixou entrar...
Pessoas que vinham em aflição
Outras só queriam saber da "tensão"
Pessoas com dúvidas para esclarecer
Outras sem dúvidas, mas que as deveriam ter.
Pessoas preocupadas com os filhos
Outras faziam queixa dos vizinhos

Tantas pessoas...
Pessoas de todos os géneros e feitios
Simpáticas ou inconstantes
Amorosas ou irritantes...
E nada será como dantes
Porque mais um dia se passou
Mais um dia que toda esta gente
Me permitiu crescer um pouco
Como médica...
E como pessoa...
Agradeço a todas.