domingo, 24 de novembro de 2019

MAMÃ

Para o meu universo,  Gustavo, que faz 4 aninhos 

Há um nome para mim 
Para meu amor me chamar
Que traz na voz um jardim
De meiguice ao pronunciar 

É um nome pequenino
Feito de força e de amor 
E sempre que eu o ouço 
Sou Reia feita em esplendor

Sou então quase perfeita 
Em minha vasta imperfeição 
Aos olhos de quem se deita
No meu colo de proteção 

Sou tudo o que precisares
Se não for, faço magia 
Sei que às vezes vou errar 
Concertarei com amor no outro dia 

Há um nome para mim 
Que me acorda de manhã 
Desperta o melhor de mim 
Quando eu te ouço: “mamã”





quarta-feira, 6 de novembro de 2019

JÁ NINGUÉM MORRE POR GRANDES CAUSAS

Já ninguém morre definhando em palidez e olheiras, anoretico e tísico, por um amor impossível.
Já ninguém lava com o sangue de um duelo a sua honra... e onde está a honra?
Já ninguém morre fazendo do peito escudo dos ideais, desfazendo muros de segregação, libertando pátrias com balas ou cravos, hasteando bandeiras de liberdade.
Já ninguém morre por grandes causas, vivemos antes quase mortos, sem suspiros, numa letargia preguiçosa e desinteressante de nada nos palpitar em fervor no coração.