A vida é como um rio. Umas vezes enche-nos de acontecimentos e de emoções, tal como o rio transborda após um inverno rigoroso...Outras vezes pouco nos trazem os dias vazios, tal como as águas secam após o calor agreste de um Verão sufocante. Este será o rio da minha vida, dos meus verões e dos meus invernos...
quinta-feira, 27 de setembro de 2018
quinta-feira, 20 de setembro de 2018
POLITICAMENTE CORRETO?!...DEIXEM A POESIA PARA MIM!
"Meus portugueses e minhas portuguesas"
Para mim, "português" só basta
Pois na minha língua coesa
Não terminar em "A" não me afasta
Politicamente correto?!... deixem a poesia para mim!
Não percam também tempo a inventar palavras
E eu posso manter o meu cartão de cidadão;
Também o podem mulheres com vidas amargas,
Tê-lo na carteira, sem euros, sem um tostão.
Ás mulheres vulneráveis, desfavorecidas
A terminologia da língua portuguesa
Não lhes põe no frigorífico comida!
Não lhes leva o pão até à mesa!
Politicamente correto?!... deixem a poesia para mim!
Espaços só para mulheres
Quando se andar de autocarro?!
Não me descriminem! Isso fere!
Seria no mínimo um retrocesso bizarro
Politicamente correto?!... deixem a poesia para mim!
Raças, etnias, religião, orientação sexual
É respeito considerar tudo normal
E é respeito não se fazer alarido
Eu respeito as diferenças e farão o mesmo comigo
Então não fomentem discussões parvas
Com demagogia e muitas divagações
Porque não interessam isoladas as palavras
Mas sim os seus contextos e as ações
As "maiorias" e "minorias" pedem com razão:
Respeito, segurança, saúde, educação, pão
Criação de oportunidades, liberdade de expressão
O resto?... a poesia?... deixem-na para mim.
quarta-feira, 12 de setembro de 2018
quinta-feira, 6 de setembro de 2018
MARIA MARRECA
Alguém conhece a Maria Marreca e o Zé Careca?
O galo rouco e velho canta
É cedo, são seis da manhã
Maria Marreca se levanta
Nos habituais pezinhos de lã
Porque não quer acordar o Zé
Já que ao menos pode ele descansar
E também para quê pôr-se a pé
Se o Zé Careca não vai trabalhar?
Maria Marreca vai ao quintal
Alimenta o cão e as galinhas
Lava a roupa, põe no estendal
E rega a horta das vizinhas
As dores nas cruzes estão a acordar
Toma um ben-u-ron, já nem se queixa
E antes de sair para ir trabalhar
Diz ao Zé o almoço que lhe deixa
Há vinte anos que o Zé não trabalha
Desde um tal dia em que torceu o pé
Não há medico ou bruxo que lhe valha
E o coitado passa o dia no café!
Maria Marreca é levada da breca!
Toma um ben-u-ron para não arriar
Que seria de si e do seu Zé Careca
Se também ela não pudesse trabalhar!
terça-feira, 4 de setembro de 2018
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