quarta-feira, 18 de março de 2009

Da valsa ao hip-hop


Ouve-se o espirito da melodia
Ritmicamente a nos chamar
E a nossa alma, musical,
Dá-lhe o nosso corpo p´ra brincar

E o corpo contorce-se e brinca,
Dá forma ao espirito da melodia
E ri-se a alma que vinca
Alguns passos de poesia

E em cada gesto, que linda poesia:
Que bela interpretação do abstracto
Enche-se a pista vazia
Cria-se com a musica um pacto

No fim de tanto rodopiar,
Entre passos e pisadelas
Alimentou-se a alma que ri
E que saltou todas as cancelas

Março 2009
(Imagem: a dança; de Henri Matisse)

sábado, 7 de março de 2009

O corredor da vida / fim do mundo


Há quem diga que o mundo acabará,
Ditam o dia e a hora marcada;
Mas não é isso que vincará
Algumas linhas aqui traçadas...

Quando o mundo acaba? Não interessa!...
Eu quero apenas saber da vida!
Quero vive-la dia a dia, sem pressa:
Entrar pela entrada e sair pela saida.

Não vou à descoberta da saida.
Se assim fosse, nunca chegaria a entrar!
Mas há quem passe o tempo entre ilusões perdidas
Á volta da casa da vida, à procura "do acabar".

Procurem e entrem sempre pela entrada
Sigam então o corredor, sem pressas
Apanhem as pedras preciosas da calçada
E deixem as outras submersas.

Quando chegares ao fim do corredor
Só interessa o brilho das pedras coloridas
Aquelas que trouxeste dos corredores da vida.

E agora, em frente à saida
Já não interessa porque chegaste lá
Se chegou o fim do mundo, ou se tinha de ser...
Interessa que à porta da saída
Levavas todas as tuas pedras...

Março 2009
(imagem de Marc Chagall)