quarta-feira, 21 de junho de 2017

FIM DA ESTRADA


A todos os que perderam a vida, a todos os que a vida passará a ser muito mais triste e pesada, a todos os que perderam tudo, a todos que sofreram e a todos os que sofrem com este Portugal a arder... 

Não era para ser assim...
A estrada não tinha fim...
Pranto desesperado não o travou
O fogo cercou e devastou

A ira do Inferno na Terra...
E haverá outro, além deste na Terra?
Inferno de chamas, dispneia e dor de sorte
Em labaredas frias e escuras encontrar a morte

Não era para ser assim...
A estrada não tinha fim...
Era um dia quente, como outro qualquer
E teriam tantos dias para viver e viver

Não era para ser assim...
A estrada não tinha fim...
Alguma coisa está errada!
Somos quase nada...
Fim da estrada.

terça-feira, 6 de junho de 2017

MEDINDO O AMOR


Poema inspirado no livro Adivinha o quanto eu gosto de ti, de Anita Jeram e Sam McBratney, e na música de André Sardet com o mesmo nome. Medindo o meu amor por ti... meu querido Gustavo.

Gostava de ti do tamanho do meu salto
Porque achava que saltava muito, muito alto
Mas descobri que o Canguru é um “saltador”
E que gosto de ti de um tamanho maior!

Gostava de ti da medida da minha altura
Agora que arranco folhas dos arbustos com bravura
Mas descobri que a Girafa é muito maior
E alcança qualquer folha, seja onde for

Gostava de ti como da velocidade
Do meu passo acelerado e com vontade
De andar muito, sem destino, sempre a andar
Mas soube que a Chita corre sem tropeçar

Gostava de ti até onde meus olhos veem
Até à esplendorosa lua, que tanto creem
Ser o sitio mais longe de alcançar…
Mas foguetões já a andaram a rondar!

Por isso decidi outra medida em minha mente
Que meus olhos não veem mas meu coração sente
Gosto de ti desde aqui até à lua como tinha dito
E depois da lua até além do infinito!

E agora finalmente posso descansar
E não terei de mais medidas testar
Daqui ao infinito é a medida do meu amor por ti…
Daqui ao infinito é a medida do nosso amor por ti…