A vida é como um rio. Umas vezes enche-nos de acontecimentos e de emoções, tal como o rio transborda após um inverno rigoroso...Outras vezes pouco nos trazem os dias vazios, tal como as águas secam após o calor agreste de um Verão sufocante. Este será o rio da minha vida, dos meus verões e dos meus invernos...
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
ESTÁTUA VIVA
Descendo as ruas da cidade
No meio dos turistas e da confusão
Cruzamo-nos com a realidade
De quem faz da imobilidade paixão
Com pele e roupas pintadas
Expostas ao sol ardente da tarde
Permanece horas de mãos seladas,
Prende os músculos à sua vontade
A vontade de não mexer, não tremer,
De não respirar, não pestanejar
Na estaticidade descobre a forma de viver
Abdicando da mobilidade p´ra a alcançar!
Estranhamente vivo... e é sem mexer
Que vive ao limite o extremo da vida
O extremo inerte que se pode ser
Quando há pulsatilidade real escondida
Estranhamente viva, a estátua vê sem pressa
Estranhamente viva, ouve histórias sentidas
Mas que nem às paredes confessa
Estranhamente viva, escolheu ser uma estátua viva
domingo, 15 de setembro de 2013
SÓ PARA CALOROSOS...
Já vai alto o sol, a queimar
Mas a natureza a ajudar
Liberta uma brisa p´ra refrescar
Salvando os mais calorosos
E brilhante, o sol desceu com calma;
Agora as conversas aquecem a alma
Agitam-se os "abanicos" na palma
Da mão dos mais calorosos
As estrelas e a lua cumprimentam
Mas as temperaturas só aumentam
E muitas bebidas coloridas rebentam
Nos copos dos mais calorosos
Diversão com o calor amenizado,
O coração quente controlado...
Mas isto não deve ser tentado!
Pois só é alcançado pelos mais calorosos!
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