quarta-feira, 25 de setembro de 2013

ESTÁTUA VIVA


Descendo as ruas da cidade
No meio dos turistas e da confusão
Cruzamo-nos com a realidade
De quem faz da imobilidade paixão

Com pele e roupas pintadas
Expostas ao sol ardente da tarde
Permanece horas de mãos seladas,
Prende os músculos à sua vontade

A vontade de não mexer, não tremer,
De não respirar, não pestanejar
Na estaticidade descobre a forma de viver
Abdicando da mobilidade p´ra a alcançar!

Estranhamente vivo... e é sem mexer
Que vive ao limite o extremo da vida
O extremo inerte que se pode ser
Quando há pulsatilidade real escondida

Estranhamente viva, a estátua vê sem pressa
Estranhamente viva, ouve histórias sentidas
Mas que nem às paredes confessa
Estranhamente viva, escolheu ser uma estátua viva

domingo, 15 de setembro de 2013

SÓ PARA CALOROSOS...


Já vai alto o sol, a queimar
Mas a natureza a ajudar
Liberta uma brisa p´ra refrescar
Salvando os mais calorosos


E brilhante, o sol desceu com calma;
Agora as conversas aquecem a alma
Agitam-se os "abanicos" na palma
Da mão dos mais calorosos

As estrelas e a lua cumprimentam
Mas as temperaturas só aumentam
E muitas bebidas coloridas rebentam
Nos copos dos mais calorosos

Diversão com o calor amenizado,
O coração quente controlado...
Mas isto não deve ser tentado!
Pois só é alcançado pelos mais calorosos!