segunda-feira, 27 de agosto de 2018

FESTA DAS VITÓRIAS


Boa festa das Vitórias para todos! 

Com um belo penteado
E roupa nova, a estrear
O decote disfarçado
Para o pai não lhe ralhar

A Joana estava pronta
Para ir p’ra romaria
Ia p’rá festa com os pais
E voltava à hora que queria

Joana e seus pais chegaram
Mesmo na hora dos bombos
E a correr nos seus tamancos
Quase que dava um tombo

Valeu-lhe um tal rapazito
Que a agarrou pela cintura
Enquanto ela dava um grito
Ficou firme e bem segura

O rapaz piscou-lhe o olho
E Joana foi ter com os pais
Vê lá se ficas zarolho
Já te esticaste demais!”

Despediu-se da família
Que p´rá França ia abalar
Amanhã já não os via
Que a procissão ia acompanhar

Seguiu p´rá Praça do Comercio
E enquanto comia pipocas
Vendo as pulseiras da moda
Encontrou as amigas larocas

Foram andar nos carrinhos
E lá que grande encontrão
Era o rapaz que à bocadinho
Tinha evitado o trambolhão!

Juntaram-se os dois grupos
E continuaram a arruar
Agora as bandas de música
Iam começar a atuar

E a Joana e o rapazito
Em suas conversas parcas
Descobriram ambos sentir falta
De correr à frente das vacas!

Falavam das vacas de fogo
Dos seus feitos e memórias
Depois, mais ninguém os viu
Lá na Praça das Vitórias

A melhor festa para ir
É a festa das Vitórias
Vivem-se pequenas histórias
Guardam-se grandes memórias

sábado, 25 de agosto de 2018

O MUNDO É NOSSO




Olha para nós insaciáveis
Nesta vontade de viver
Descobrindo coisas incríveis
Sem nos cansarmos de aprender

Devoramos aos pedaços a vida
Sem recear o precipício
E encontrar a melhor saída
Já se tornou mesmo num vício

Não tenho medo de nada
Se puder apertar a tua mão
Estar entre a parede e a espada
Ou de guiarmos em contra-mão

Eu e tu! Juntamo-nos a fome 
E a vontade de comer
No luar quente que se consome
Até ao raio do amanhecer

Na vertigem de viver
Entre a asa e o fosso
O mundo pode não saber
Mas o mundo é todo nosso 

O MUNDO É NOSSO - Recitado


segunda-feira, 20 de agosto de 2018

ARCO-ÍRIS DE OUTRO ESPETRO


Porque " O essencial é invisível aos olhos"...


Se a vida fosse uma nuvem
Que chora de felicidade
Ao ver-te a ti, meu sol
O arco-íris vinha com vontade

Mas a vida não é uma nuvem
E apesar de seres o meu sol
Aos adultos falta-nos imaginação
Ou é lenta como o caracol!

Mas não acredito só no que vejo
Pois sei que há um arco-íris
Num comprimento de onda não visivel
Inalcançavel  pela minha íris

Que nos envolve seja onde for
A luz não visível que vem de nós dois
Em comprimentos de onda de amor
Não se vê, mas sentimos depois

A vida não é uma nuvem
Mas há noutro espetro um arco-íris
Que ao ver-te a ti, meu sol
Toca meu coração, sem chegar à íris.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

ABRAÇOS


Será que o amor se pode medir pela intensidade de um abraço?


A minha alma triste viaja
E encontra algum sossego
Recordando teu abraço
E o cheiro do aconchego

Era num tempo que sorrias
Quando olhavas para mim
E eu sei que o que vias
Era o nosso amor sem fim

Que enchias o peito de ar
Para falar do nosso amor
Que me levavas na lembrança,
No coração, para onde for

Agora já não me abraças
Daquele jeito tão apertado
Mal me tocas logo afastas
E eu penso no doce passado

Agora já sais sem me olhar
Não sei o que levas no coração
E eu fico para aqui a recordar
Os nossos abraços com paixão