quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

RODOPIAR



Têm rodopiado muito?...

Quero permanecer nesse momento
Em que tudo é movimento
Girando como um cata-vento

Num controlo descontrolado
Esperando só o inesperado
De um corpo vivo projetado

E viver tão energética tontura
Que é a mais sana loucura
Com tanto de doença como de cura

Numa arriscada trajetória imprevisível
A vertigem escondida sobe de nível
Num auto-encontro de vida incrível

Havia energia para rachar paus!
Até atingir os 360 graus...
Tudo acaba onde começa... no mesmo degrau



quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

FLOR MOLDADA


Já moldaram alguma flor?

Quando no jardim não há flores
Não vou andar a colher dissabores
Nem semear ventos ou tempestades
Por mais duras que sejam as verdades

Se no jardim não há flores
Apenas chão árido, sem valores
E se não há tempo p´ra plantar
Que minhas mãos sejam terra a trabalhar

Que minhas mãos sejam terra a mexer
O calor que uma nova flor há-de ter
Não a flor plantada, mas a moldada
Não a espontânea mas a fabricada

Porque quando não há solução
Há sempre pelo menos uma mão
Para todo o impossível criar
E um jardim de flores moldar

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

COMEÇO COMEÇADO



E aqui começam novamente os meus já começados rabiscos!

Num começo já começado
Num acabar continuado
Há uma expectativa face ao passado
Do momento seguinte projectado

E é assim que o futuro aparece
Conta-se em decrescente e acontece!
A magia que daí vem
Quando se brinda com champanhe

Os dois presentes: futuro e passado
Trocam ideias, lado a lado
E um novo ano ganha o mundo
No começo começado de mais um segundo