sexta-feira, 17 de junho de 2011

NÓMADA...


Sou romeiro sem destino certo
Vagueio nas noites gélidas perdido
Busco algures num espaço e num tempo
Um sentimento breve e esquecido

Eu sinto somente o que pinto,
O que senti foi de certo o que pintei,
Mas condenado a não ficar no que fiz
Estou sempre de alguma forma no que farei

A noite avança e enreda-me
E volto a ter de mudar,
Procuro outras luas, outros sois
Um outro espaço para vaguear

Sou Nómada, trago frio e pensamentos
Mas aquece-me a eterna ilusão
De desenhar o meu lugar sobre ventos
Um dia… com o pincel que trago na mão…

quinta-feira, 31 de março de 2011

MEMÓRIAS PERDIDAS



Eu queria guardar todo o meu tempo
Todos os segundos na algibeira
Para que depois em qualquer momento
Recordasse em fio a vida inteira

Eu queria imortalizar cada sorriso
Da minha infância toda a brincadeira
Afagar no colo de minha mãe seu cabelo liso
Reviver as leituras de "historinhas" à lareira

Eu queria imortalizar cada suspiro
Da minha adolescência cada paixão
As ideias extravagantes, o delírio!
Que acabavam em casa com um"sermão"!

Eu queria abraçar todos os momentos
Todos os instantes que no tempo perdi...
Queria tê-los numa caixinha guardados
Para saber que os tive e que os vivi...