sexta-feira, 17 de junho de 2011

NÓMADA...


Sou romeiro sem destino certo
Vagueio nas noites gélidas perdido
Busco algures num espaço e num tempo
Um sentimento breve e esquecido

Eu sinto somente o que pinto,
O que senti foi de certo o que pintei,
Mas condenado a não ficar no que fiz
Estou sempre de alguma forma no que farei

A noite avança e enreda-me
E volto a ter de mudar,
Procuro outras luas, outros sois
Um outro espaço para vaguear

Sou Nómada, trago frio e pensamentos
Mas aquece-me a eterna ilusão
De desenhar o meu lugar sobre ventos
Um dia… com o pincel que trago na mão…