A vida é como um rio. Umas vezes enche-nos de acontecimentos e de emoções, tal como o rio transborda após um inverno rigoroso...Outras vezes pouco nos trazem os dias vazios, tal como as águas secam após o calor agreste de um Verão sufocante. Este será o rio da minha vida, dos meus verões e dos meus invernos...
sábado, 29 de novembro de 2008
A Rosa
A semente no chão
O regador na mão
O sol a aconchegar
A vida a despertar
O rebento não tardou
E a vida acordou
A rosa a desabrochar
Na sede de "se vingar"
Na sede de "se vingar"
Na sede de viver,
Mas a frágil e pura rosa
Nasceu para logo morrer...
Oh triste mundo, que infeliz és!
Ingrato te revelas, oh cruel, desgraçado!
Teve a rosa de morrer por se revelar
Alma ingénua e sem nenhum pecado?
Diz-me tu oh Darwim
Porquê a lei do mais forte?
Porquê que os que amam e sonham
São condenados à morte?
Diz-me oh Tu que semeias a vida
Porque não a fizeste cheia de encantos
E condenas quem nela se acha perdida
A desfalecer em agoniados prantos?
Diz-me porque não tem a oportunidade
De ser feliz quem é franco
Quem quer a amizade, a lealdade
Quem quer uma vida suave de rosa?
À procura do clima suave, em 1999
(imagem: Rosa meditativa, de Salvador Dali)
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