sexta-feira, 8 de novembro de 2013

ATÉ UM DIA...


Dia após dia, mais um dia
e mais outro e outro a seguir
até que um dia, pára tudo esse dia
e os olhos cerrados não voltam a abrir

O tempo é um fatal contratempo
tornando qualquer existência inexistente.
Uma imagem se desfaz em vento
abranda em brisa e se torna ausente

Porque é que tudo está tão próximo do oposto?
Até o oxigénio, tão nobre elemento
mantém-nos vivos, mas oxida e corrói o corpo.
O corpo que um dia será apenas vento.

Tudo parou nesse dia, a imagem, o vento
e depois até mesmo a brisa.
Mas o tempo continuou em contratempo
e no dia seguinte amanheceu para mim mais um dia.
Até um dia...

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