quarta-feira, 1 de outubro de 2014

MUI NOBRE E SEMPRE INVICTA

 
O que vos cativa mais na Invicta?

Tenho-te no aconchego de uma casa
No calor da castanha em brasa
Apregoada na estação do seu tempo
Á frente da estação de S. Bento
 
Respiro-te nos jardins de cristal
Com cheiro a flores, a café e a jornal
Passo pela Biblioteca Almeida Garrett
E pela vertigem d´uma vista que compromete
 
Divertes-me com os favaitos do Piolho
E pelos bares que vou passando o olho
Enquanto percorro calmamente as Galerias de Paris
Depois de comer uma francesinha no Aviz
 
Agitas-me na travessia do Douro
No rolar da pipa da bebida d'ouro
Tentas-me no comercio de Sta Catarina
E em outras lojas ao virar da esquina
 
Exaltas-me nas vozes quentes do Bolhão
No sotaque carregado, no deslize do palavrão
Nos passos apressados que desgastam cada paralelo
Encantas-me em cada recanto da livraria Lelo
 
Abrigas-me nas beiradas dos telhados
Nos cortejos academicos e seus hinos cantados
Tocas-me nas longas noites de S. João
Com um martelo na mão e contigo no coração

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