sexta-feira, 23 de março de 2018

O RIO



A vida é como um rio
Que existe mas não se agarra
Pode estar cheio ou estar vazio
Corrente fraca ou cheia de garra

Pode ser limpo ou poluído
Água que brota e mata a sede
Vida à deriva ou com sentido
Que em remoinhos se perde

Água transparente que se vê
Vida turva que não pára
Submersos, ignoro os porquês
E alguma ferida que não sára

Rio que seca de solidão
Vida que reacende num brinde
Não há alma sem perdão
Nem um rio que não finde

Sem comentários: