domingo, 11 de agosto de 2019

NÃO SABES NADA DE MIM



Tu não sabes nada de mim
Pensas saber o que imaginas
Mas não gastarei meu latim
Podes ver se estou na esquina!

Tu, de mim, não sabes nada
Mas num feio e humano vício
Olhas-me de dia e de madrugada
E traças o teu estudo fictício

Pois então contenta-te com ele!
Não te mostrarei debaixo da pele
O meu jardim e a minha estrada

Presunção cada um toma a que quer
Mas eu sou eu, cheia de mim e mulher
E tu de mim, não sabes mesmo nada


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