quarta-feira, 6 de novembro de 2019

JÁ NINGUÉM MORRE POR GRANDES CAUSAS

Já ninguém morre definhando em palidez e olheiras, anoretico e tísico, por um amor impossível.
Já ninguém lava com o sangue de um duelo a sua honra... e onde está a honra?
Já ninguém morre fazendo do peito escudo dos ideais, desfazendo muros de segregação, libertando pátrias com balas ou cravos, hasteando bandeiras de liberdade.
Já ninguém morre por grandes causas, vivemos antes quase mortos, sem suspiros, numa letargia preguiçosa e desinteressante de nada nos palpitar em fervor no coração.

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