A vida é como um rio. Umas vezes enche-nos de acontecimentos e de emoções, tal como o rio transborda após um inverno rigoroso...Outras vezes pouco nos trazem os dias vazios, tal como as águas secam após o calor agreste de um Verão sufocante. Este será o rio da minha vida, dos meus verões e dos meus invernos...
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Só...
Só...
Solitariamente só
O sol agora já não brilha
Os pássaros desafinam
Aqui perdida numa ilha
Onde os meus doces sonhos findam
Só...
Tristemente só
Agora já ninguém me entende
Ou talvez nunca o sucedeu
A minha alma que se rende
Pede ajuda em vão ao céu
Só...
Amargamente só
As lágrimas tão salgadas
Que desaguam neste mar
De tristezas aqui seladas
Para ninguém as encontrar
Só...
Silenciosamente só
O grito aqui desesperado
Que me corroi o coração
Dolorosamente abafado
Transforma-se num furacão
Só...
Desesperadamente só
Sozinha neste quarto escuro
Sem ter uma frincha de luz
Nada há além deste muro
Agora já nada me seduz
Só...
Verdadeiramente só
Nem os rios já me entendem,
Os animais, as flores, os prados;
Felicidade não vendem?
Ou alegria aos bocados?
Só...
Monstruosamente só
Olhem, olhem! Não me vêem?
Estou aqui tão longe, tão perto...
Um mapa para me encontrar têm?
Num grande, escuro e gelado deserto?
Só...
Injustamente só
Nem a um julgamento fui
A sentença foi logo dada
Invadiu-me um sentido ui
Que tormentosa machadada
Num dia solitário em 1998
(imagem de Salvador Dali)
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2 comentários:
amei, é super inspirador , bonito mesmo, só não entendi o sentido da ultima frase....sobre 1998. por favor me responda o q isso significa....pode me responder no meu blog....valeeeeeeu!
Ainda bem que gostaste.
Eu escrevi este poema em 1998.
Espero que continues a seguir os poemas.
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