A vida é como um rio. Umas vezes enche-nos de acontecimentos e de emoções, tal como o rio transborda após um inverno rigoroso...Outras vezes pouco nos trazem os dias vazios, tal como as águas secam após o calor agreste de um Verão sufocante. Este será o rio da minha vida, dos meus verões e dos meus invernos...
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Quem sabe amar?
Como será realmente amar?
Amar com todo o bem querer
Amar e ser-se amado
Amar e não sofrer?...
Haverá mesmo amor que dure?
E por isso se chame amor?
Ou hoje em dia, tal palavra
Usa-se em qualquer noite de calor?
Olho, olho e não encontro!
Como penso que deveria ser amar,
Ninguém ama pois ninguém abre
Toda a sua alma para dar
Será amar uma simples atracção?
Daquelas que em dois dias se esquece?
Ou que dá p'ra "dar-se uns beijos"
Quando se quer, se apetece?!
Porque é que o "meu" amar....
Não existe? Ou se perdeu?
Porque ninguém sente como eu?
Toda a gente ama c'o corpo
Esquecendo logo o que se viveu
Eu queria também amar c'o a alma
Um amor do tamanho do céu!!
Alquém quer....amar como eu?....
Então não posso amar
Porque ninguém ama sozinho...
2001
(imagem de Salvador Dali)
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2 comentários:
Mais um poema doce e suave.
Sem dúvida a tua poesia clara e transparente transmite a doçura que tu és.
osono tarda a vir porque os seus poemas me aconchegam,mas agora tem mesmo de ser e vou reler outra noite.
beijinhos minha querida amiga
dalia
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