
O sol cansou-se, e teus olhos pesados
Acharam bem perdurar fechados,
Aconchegados por algumas horas
Nos lençóis alvos, até ao nascer da aurora
E até a estrela da vida brilhar de novo,
Até seus raios baterem em teus olhos
Como quem bate à porta para a abrir,
Delicadamente se fazendo sentir,
Até esses raios delicados abrirem teus olhos,
Enquanto a longa noite cola tuas pálpebras
E te submete a esse estado quase inerte,
Que será que teus olhos vêem?
Oh que será que teus olhos sonham?
Que será que vês, quando meus olhos abertos
Velam o sono dos teus cerrados?
Passas por tantos lados…
Mil lugares, mil aventuras…
E depois o sol traz-te de novo
E nossos olhos abertos encontram-se e entendem-se
Abril 2009
Imagem: "The Starry Night" de Vincent Van Gogh
2 comentários:
Para a tua idade dou-te os parabens porque o poema tem textura sem lamechices balofas. Gostei muito, talvez por tb ser aquariana!
Bjs e obrigada pela visita
TD
Cara Amiga Ana Soares,
Vim agradecer a sua visita ao nosso blogue e vejo este poema tão belo e introspectivo, pelo qual lhe dou os meus sinceros parabéns.
Dormir é só regressar às origens, para retemperar forças e depois regressar já retemperado.
Uma boa semana.
José António
Enviar um comentário