Preso àquela ponte antiga,
Ao sol, à chuva e ao vento
Creio que tilintará em cantiga
O nosso aloquete ferrugento
E quando o vento é mais forte
Tilintará mais alto a cantar
Os desejos que pedimos à sorte
Quando o prendemos naquele lugar
E tal como resistirá o aloquete
Ao sol, à chuva e ao vento
Resistem os nossos sonhos
Ao desgosto e ao sofrimento
Tantos e tantos sonhos... imensos
Nossos e de outros sonhadores como nós,
Dormem embrulhando a ponte como lenços.
Descansa que nossos sonhos não estão sós...
Não sei se àquela ponte voltaremos
Se o nosso aloquete encontraremos
Não sei se o rio, se as águas daquelas nascentes
Abençoarão nossos desejos crescentes...
Apenas sei que vamos continuar a dançar
Com o som distante do aloquete a tilintar..
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