segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

À ESPERA DO PAI NATAL


Perdida num Natal distante
A memória de um plano infalível
Para ver essa figura incrível
Apanha-lo-ia em flagrante

E finalmente veria o Pai Natal
Mas o verdadeiro Pai Natal
Não um outro impostor ao serviço
De barriga pequena e algodão postiço
Como se se tratasse de Carnaval

No alto das escadas escondida
Esperaria todo o tempo preciso
Para poder dar o meu sorriso
Quando o interpelasse sem aviso

E no dia vinte e quatro após o jantar
Corri para o planeado lugar
O Pai Natal iria finalmente encontrar
Recordo-me da excitação, meu coração palpitar!

E esperei, esperei, esperei
Aos apelos da minha mãe resisti
"Micá vem comer formigos"
"Micá está muito frio aí"...

Esperei, esperei, esperei
A todos os apelos resisti
Mas após três horas no esconderijo
Não podia mais... fui fazer chichi!

E voltei logo a correr novamente
Quando cheguei, à minha frente
Sapatinhos rodeados de presentes
E não havia sinais de gente

Mais uma vez ele tinha escapado
E meu plano infalível falhado
Por tal motivo embaraçoso
Este desfecho tão penoso:
Mais um ano sem ver o Pai Natal!



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