A vida é como um rio. Umas vezes enche-nos de acontecimentos e de emoções, tal como o rio transborda após um inverno rigoroso...Outras vezes pouco nos trazem os dias vazios, tal como as águas secam após o calor agreste de um Verão sufocante. Este será o rio da minha vida, dos meus verões e dos meus invernos...
quarta-feira, 10 de junho de 2009
A todas as crianças com escoliose e outros disturbios osteoarticulares
Era tão pequenina mas já queria crescer
Para alcançar a prateleira dos chocolates
Disseram-lhe que sim, que cresceria um dia
E que nesse lindo dia como que por magia
Atingiria o desejado armário das tartes
Mas quando alcançou a prateleira
Já não queria mais crescer...
Tinham-lhe dito que crescer era normal
Teria tanto de bom como de banal
"Não tenhas medo que não irás sofrer"
Mas para ela não foi assim...
Quando já conseguia alcançar o céu
Sentia-se triste e "desengonçada"
Ao olhar o espelho angustiada
Via um corpo sem harmonia que era o seu
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4 comentários:
Querida Amiga Mpká,
Parabéns pelo belo poema que postou.
Para além da dor que é ver-se com um corpo deformado, seria bom que educassemos as nossas crianças a não se identificarem com ele.
Os seres humanos são uma alma que é eterna, a vivenciarem a experiência que é estar num corpo.
Ao contrário diz-se que somos um corpo que tem um alma.
É quase como a história do copo meio vazio ou meio cheio.
Mas isto de ser uma alma num corpo ou um corpo com uma alma, faz toda a diferença entre o TER e o SER.
E o TER é o paradigma que está em vigor (Ter um corpo bonito,; ter uma boa posição; um bom emprego; um bom marido ou mulher; Ter uma casa um carro, etc., etc.)
O SER é...simplesmente. Aceita o momento presente pois sabe que é tudo o que tem. O seu Ter resume-se ao PRESENTE. Estar presente.
Se uma grande parte das pessoas vivessem neste paradigma, até as disfunções congénitas poderiam ser encaradas e vivenciadas de outra forma, mais positiva.
Um bom feriado para si.
Um abraço
José António
Querida Amiga Mika
Muito obrigado pela sua passagem no Poesia Viva.
As fotos foram tiradas em Vale da Ursa, Cernach do Bomjardim. O rio que se vê é o Zêzere.
Queria perguntar-lhe se não tem email? Se tiver e quiser escrever-nos pode utilizar o: www:isabeljoseantonio@gmail.com. É do google.
Talvez que com mais recato e proximidade pudessemos partilhar mais opiniões sem ser num espaço limitado dos blogues. Se nos responder já não tem que expôr o seu email aos "olhos curiosos".
Eu e a Isabel teremos muito gosto em partilhar consigo tantas coisas até a nossa imaginação possa ir.
Um abraço e bom fim de semana.
José António
Que belíssima história, inspiradora e generosa!
Parabéns pelo bom trabalho e pelos coments que há algum tempo deixo no meu poema sobre o rio da dor...
Às vezes tenho muito pouco tempo e é quase sempre o José António que faz o favor de responder a todos.
É verdade que andámos um pouco ausentes, mas foi porque tivemos problemas no nosso computador e o muito trabalho do costume. Agora estamos de regresso com novos posts, para já no Caminho do Coração e no Poesia Viva!
Um abraço e esperamos também por si!
Isabel
A maior deformação no ser humano dá-se nos maus pensamentos, uma forma positiva de viver ultrapassa os males do corpo, e, posso dizê-lo com convicção porque no ano passado estive à beira da morte com um cancro e hoje estou recuperada embora vigiada.
Sou aquariano como tu e isso também é uma forma de se ser forte.
Bjs grandes
TD
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